imagem retirada da net
Às vezes sonhava que era princesa, outras que era cientista, haviam dias em que era professora e noutras era policia. Mas nada me dava mais prazer do que ficar a olhar longamente a lua cheia lá bem alta no céu e imaginar que era uma fada e podia voar até lá.
Ficava assim horas, sentada no peitoril da janela, a cabeça encostada na portada, a sonhar acordada...
Sonhava que voava feliz pelo céu, descrevendo piruetas ao som de uma melodia encantada. Sonhava que me punha em pontas como as bailarinas, abria os braços num movimento gracioso e subia até às estrelas sempre com um sorriso nos lábios. Tocava uma a uma com a ponta do dedo e ela brilhava mais intensamente como se lhe tivesse feito cocegas.
Nessas alturas vestia uma tunica de seda alva, tão alva como a propria lua e a brisa suave da noite de verão movia-a de uma forma tão gentil que mal chegava a sentir.
Depois quando me cansava da dança subia mais um pouco em direcção à lua cheia, vendo-a cada vez mais perto, cada vez mais perto, até ser tão grande que a minha vista não a conseguia abarcar. Devagarinho deixava-me envolver pela luz branca da lua e lentamente ia descendo, descendo, cada vez mais devagarinho até tocar a lua com a pontinha do pé...
A lua é macia, feita de algodão branco e fofo. Deitava-me nela para descansar das danças loucas da noite. Era tão bom ficar deitada na lua a olhar as estrelas a brilhar no firmamento e a inventar historias para cada uma delas. De repente uma estrela cadente atravessa o ceu e eu desejava agarra-la. E um dia consegui, agarrei uma estrelinha cadente muito pequenininha e coloquei-a no meu cabelo para o enfeitar.
Depois quando me cansava de descansar na lua, voava novamente no firmamento sem pressa nem destino.
Ainda hoje quando olho a lua cheia não consigo deixar de sorrir, os meus olhos não conseguem deixar de brilhar e pela coluna passa um arrepio lembrando as vezes que sonhei com ela, sentada na minha janela e que fui tão feliz...
(ficção para a "Fabrica de Histórias)
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