Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2011

Chama Solitária

 

 

Eu estava ali sentada há apenas alguns minutos e a única chama acesa era aquela que eu própria tinha acendido.

 

A igreja estava deserta, escura e fria. O cheiro bafiento da madeira comida pelo bicho e da cera derretida impregnavam o ar. O cheiro próprio dos velhos que debitam terços atrás de terços pairava por ali denunciando a sua presença assídua. Sentei-me no banco mais próximo de uma coluna larga de pedra fria onde estava encostada a mesa com as velas. Acendi uma delas e sentei-me, enrolada num velho casacão gasto, a olhá-la. A chama clara e quente libertou um cheiro agradável. Sentia a falta das minhas pessoas, daquelas que já partiram e lembrei-me delas com saudade, mas não rezei. Bem sei que é absurdo ir à igreja, acender uma vela e não rezar, mas já nem sequer me lembro das orações que aprendi na catequese. Já não sei rezar. Penso apenas nas minhas pessoas e sinto-lhes ainda a carne quente nos meus lábios como quando em vida lhes dava beijos nas caras já enrugadas. Os meus queridos avós.

 

Tenho muitas saudades e sinto uma pontinha de dor no peito. As lágrimas querem sair mas não deixo. Não quero chorar. Sei que eles também não querem que eu chore. Olho os vitrais da velha igreja românica e penso na sua beleza. Ouço o silêncio e deixo que entre dentro de mim. Sinto-me em paz ali entre as altas e velhas paredes de pedra gasta. Os santos olham-me de cima dos seus altares vestidos com as suas roupas estáticas e parecem tristes.

 

Eu também estou triste. Sinto-me só. Vou muito à igreja em busca da paz que me falta na vida. Por vezes tento conversar com Deus, mas ele não é muito conversador. Mas é bom ouvinte e eu aproveito para desabafar. Conto-lhe tudo. Conto-lhe tudo o que me vai na alma. Conto-lhe o que me atormenta. Conto-lhe os meus sonhos. Conto-lhe os meus desgostos. Às vezes peço-lhe a opinião sobre uma coisa ou outra mas ele na maioria das vezes fica em silêncio absoluto. Creio que fica à espera que eu própria encontre a resposta dentro de mim. Umas vezes encontro, outras vezes não. Acho que ele poderia facilitar muito mais a minha vida...

 

O tempo passa e dói-me o corpo de estar tanto tempo sentada na mesma posição no velho banco de madeira. Está frio. Um arrepio passa por todo o meu corpo e até os cabelos no alto da cabeça ficam eriçados. É noite já. O velho padre passa a coxear pela nave principal e vê-me. Cumprimenta-me educadamente. Já me conhece destas visitas solitárias mas até agora nunca me falou. Creio que desconfia que o meu propósito não é o religioso e não me confronta. Talvez tenhas esperanças que um dia venha a ser e lhe fale de livre vontade.

 

Penso em ir embora, mas não me apetece. Não tenho ninguém lá fora à minha espera. O meu estômago ressente-se das horas que ali passei. Digo em silêncio adeus aos meus entes queridos, cumprimento com um aceno de cabeça a Virgem e o menino, o São João Baptista e a Santa Rita. Levanto-me e depois de um breve sinal da cruz viro as costas ao altar e saio para a noite fria de Inverno. E também a frágil chama solitária se extingue...

 

 

Texto de ficção escrito para a Fábrica das Histórias por Cláudia Moreira

publicado por magnolia às 21:28
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Domingo, 23 de Janeiro de 2011

Não há amor como o primeiro...

 

É verdade caros leitores, não há amor como o primeiro, e a prova disso é a minha própria história de amor. Querem ouvir?

Ainda usávamos fraldas quando nos vimos pela primeira vez. Ele e a sua família tinham acabado de se mudar para a casa ao lado da nossa. Depois dos primeiros dias de timidez começamos a brincar. Ele trazia os carrinhos para o nosso jardim e eu punha as bonecas em cima dos carros. Depois inventávamos que íamos todos passear, os bonecos eram os filhos e nós, a mãe e o pai. Depois, a minha mãe fazia um bolo de laranja e leite com chocolate para o lanche e comíamos, felizes, sentados numa pequena manta debaixo do carvalho que ocupava uma grande parte do jardim. E riamos muito de tudo e de nada e éramos felizes.

Depois veio o tempo da escola e íamos os dois de mão dada até à escola. As nossas mães, atrás, conversavam e eram amigas. Deixavam-nos na escola e sentávamo-nos sempre um ao lado do outro. No recreio ele não ia jogar à bola com os amigos enquanto não tivéssemos lanchado os dois, sentados nos degraus da parte de trás da escola. Depois se algum menino ou menina se metia comigo era certo que ele me defendia, debatia-se e batia até que me tivessem pedido desculpas. Quando ele rasgava as calças na escola eu pedia à minha mãe que as cosesse para que a mãe dele não lhe ralhasse. Depois da escola saiamos a correr para a rua e brincávamos até que a noite nos obrigasse a voltar. Foi ele que me ensinou a andar de bicicleta e fui eu que o ajudei em todas as lições que ele não conseguia perceber. Partilhamos segredos, inventamos brincadeiras. Depois do jantar escapávamo-nos de casa e íamos ver as estrelas deitados no telhado, nas traseiras da casa dele. Dávamos as mãos conversávamos horas e horas a fio sobre tudo e sobre nada. E os anos passavam tranquilos e felizes.

Depois veio a adolescência e com ela alguma estranheza de sentimentos. Os abraços que tantas e tantas vezes tínhamos trocado tinham agora outro sabor. Olhávamos nos olhos um do outro e sorriamos. Depois um dia houve um beijo. E depois repetimos esse beijo. E depois dessa noite e desses beijos soubemos que seriamos um do outro para sempre.

Dissemos aos nossos pais aquilo que eles já sabiam. Dissemos que era amor o que nos unia. Era o nosso primeiro amor e tínhamos a certeza de que seria o último. Tínhamos certeza de que nada nem ninguém nos poderia separar. Fizemos planos para o casamento, imaginamos os nossos filhos a brincar ali mesmo naqueles jardins onde nós sempre brincamos. Planeamos viagens e imaginamos chegar a velhos de mãos dadas.

Depois um dia veio a faculdade e tivemos que separar os nossos caminhos pela primeira vez. Foram dias tristes os que antecederam a partida, cada um para uma cidade diferente. Depois as saudades foram demasiadas e tivemos as nossas primeiras desavenças. Depois conhecemos outras pessoas e desligamo-nos um pouco. Terminamos.

Durante alguns anos namoramos outras pessoas, fizemos outros planos. Crescemos. Parecia-me que éramos felizes. Mas não éramos. Nenhum amor era como tinha sido o nosso amor.

E tivemos a certeza absoluta disso no dia em que nos voltamos a encontrar. Cara a cara, olhos nos olhos. Foi num dia de Outono e as folhas cobriam o jardim de casa dos meus pais. Ele era agora um homem. Deixara crescer uma barba, que embora rala, lhe ficava bem. Os olhos azuis eram agora os olhos de um homem, o adolescente tinha ficado para trás no tempo. Eu própria estava diferente, mais mulher. Olhamos um para o outro longamente. Depois ele caminhou até mim em silêncio e abraçou-me carinhosamente. Foi como se o tempo não tivesse passado. Beijamo-nos e nesse beijo estava a certeza de que afinal iríamos ficar juntos. Para sempre…

 

 

Texto de ficção escrito para a fábrica das histórias por Cláudia Moreira

sinto-me: pensativa
publicado por magnolia às 23:21
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Domingo, 16 de Janeiro de 2011

Raiva, uma amiga preciosa...

 

 

 

Já era a terceira vez em menos de dez minutos que aqueles fedelhos mimados me mandavam ir buscar a bola, que invariavelmente quando a chutavam com demasiada força, ia cair no meio das roseiras. Já tinha um belo arranhão na perna.

- Eh! Tu aí! Vai buscar a bola!

E riam-se de mim…Respirei fundo. Não podia dizer que não. Os dois rapazes eram filhos dos patrões dos meus pais e não me convinha que fossem fazer queixa de mim. Larguei a enxada com que estava a preparar a terra para pôr umas flores novas no jardim e pela quarta vez fui buscar a bola.

- Oh fedelho! Vai-nos buscar água! Temos sede!

Os pequenos reizinhos suados e malcriados debitavam ordens atrás de ordens. A mim metiam-me nojo estes rapazes que mal sabiam ler e escrever mas agiam como se fosse os seres supremos do universo. A culpa era dos pais que os mimavam demais.

Com a água na mão, olhei o fundo do copo e apeteceu-me cuspir lá dentro. Nunca diziam por favor. Nunca diziam obrigado.

- Cheiras a bosta de vaca! Que nojo! Não tens banheira em casa?

Não lhes respondi. Dentro de mim a raiva crescia. Tinha tanta, mas tanta vontade de lhes dar um estalo! Como podiam ser tão indelicados? Tão maldosos?

Quando eu nasci já os meus pais estavam empregados naquela casa. Eram pessoas humildes, sem estudos, sem recursos mas honestos. Tinham vindo viver para ali, logo que se casaram, como caseiros, há falta de melhor. Na aldeia onde viviam não havia lugar para eles e muito menos para os filhos que queriam ter. Os patrões eram velhos e com a sua morte sucedeu-lhes o filho mais velho como patrão da casa. Este filho, advogado, raramente estava em casa e deixava que todos os assuntos fossem tratados pela mulher. A mulher, uma alma diabólica, pessoa capaz de tudo para ser o centro das atenções, pisava todos os que tivessem a infelicidade de estar por perto. Os meus pais eram talvez os mais afectados. O meu pai menos, porque tinha a sorte de trabalhar nos jardins e nos pequenos arranjos e não tinha que dar de caras com ela muitas vezes, no entanto a minha mãe era o bombo da festa. Na cozinha era a pior cozinheira do mundo, nos quartos só fazia asneiras, nas roupas eram uma desmazelada. Tudo isto na boca da vil patroa, porque a minha mãe era uma funcionária eficiente, organizada, tranquila e humilde. E de tão humilde que era deixava-se sempre pisar.

Eu cresci ali, a ver tudo isto. Também cresceram os filhos dos patrões. Eram apenas dois anos mais novos que eu, mas não nos era permitido brincar. Eles brincavam no quarto dos brinquedos, vestidos com as suas roupas de principezinhos e eu ajudava o meu pai no jardim. Cresci com a terra debaixo das unhas das mãos e o cheiro do estrume impregnado na roupa. Depois ia à escola mas nunca conseguia disfarçar os lanhos nas mãos, o cheiro da terra na pele. Eles chegavam de uniforme imaculado no carro com motorista e olhavam-me com desprezo. As minhas roupas não eram bonitas. Os meus sapatos eram sempre herdados de outros rapazes, às vezes um número acima. Eu não tinha brinquedos bonitos. Eu não tinha livros encadernados. Eu era pobre.

- Não ouviste? Além de cheirares a vaca também és surdo?

Olhei-os com desprezo. Nos olhos deles vi desprezo pela minha condição de pobre, nos meus eu sabia que havia desprezo pela sua condição de estúpidos. Senti a raiva crescer dentro do peito, avançar pelo meio dos músculos, levada na corrente sanguínea para todos os pontos do meu corpo, mesmo os mais pequenos ou afastados. Senti um calor insuportável na cara. Dentro de mim uma revolta demasiado grande para um miúdo suportar. E um gosto amargo de orgulho ferido. Eu sempre fui pobre, mas não burro. Era capaz de fazer tudo o que eles faziam! Era capaz de usar as mesmas roupas! Era capaz de estudar as mesmas coisas! A culpa de ter nascido pobre não era minha. Tinha sido o acaso.

Raiva. Era uma raiva muda que habitava agora dentro de mim. Todos os dias crescia. E crescia. E de cada vez que se cruzava com os pequenos déspotas ou com a sua viperina mãe sentia-a crescer ainda mais. Estava dentro de mim como um tumor maligno. E crescia. E crescia. E parecia-me a mim ser um mal incurável. Fiz juras de um dia me vingar! Fiz juras de um dia ser poderoso! Sonhei que um dia todos eles haveriam de precisar de mim! Construi histórias rocambolescas em que eles andavam andrajosos pelas ruas e ninguém os ajudava, como se fossem leprosos! Sentia a raiva muda comandar todos os meus pensamentos e sonhos! E então jurei que um dia haveria de ser tão poderoso como o patrão e achei que nada melhor do que a mesma profissão para conseguir alcançar esse objectivo.

 

Hoje tenho quase cinquenta anos e sou efectivamente advogado. Não importa se sou poderoso, ou se sou tão poderoso como o meu antigo patrão. Importa apenas concluir a história. A raiva é uma coisa má porque nos corrói a alma e tenho a noção de que passei grande parte da minha vida a senti-la. Mas mesmo assim com uma carga tão negativa eu quero agradecer à raiva. Quero agradecer que tenha me servido de alavanca para estudar, para lutar por vida melhor. Não posso dizer como teria sido a minha vida se as coisas tivessem corrido de outra forma, mas era bem possível que hoje fosse jardineiro na mesma casa, que continuasse pobre e a passar necessidades. Quem sabe se continuaria a ser humilhado e maltratado, ou os meus filhos. Mas hoje, e graças à raiva que senti na minha infância e adolescência, tenho uma carreira de sucesso e faço o que gosto. Consegui melhorar efectivamente a minha vida e a dos meus pais. Quando entrei na faculdade deixei para trás a casa, os reizinhos e os pais. Deixei tudo para trás e a raiva deixou de fazer sentido, mas entretanto já tinha conseguido uma bolsa de mérito e estava a adorar o curso de Direito.

Por isso hoje sorrio quando penso na raiva que me queimava as entranhas e agradeço-lhe efusivamente! E, apesar de até poder ser divertido, já não sonho que os pequenos reizinhos se cobrem de bosta de vaca em praça pública para gáudio da população!

 

 

 

Texto de ficção escrito para a fábrica das histórias por Cláudia Moreira

sinto-me: :)
publicado por magnolia às 00:05
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Quarta-feira, 5 de Janeiro de 2011

O Lobo-do-mar

 

Era noite e seria ainda durante muito tempo quando entrei no cais. Um nevoeiro cerrado, apenas interrompido pelas luzes da via pública, sepultava tudo. Era Janeiro e estava aquele frio que corta a pele deixando-a vermelha, gretada e dorida. O eco dos meus passos. As minhas botas a calcarem as pedras e a fazerem o barulho cadenciado dos passos. Com a mão livre ajustei a gola do casaco impermeável, na outra levava o saco do farnel que haveria de me sustentar durante a faina. Encolhi-me. Procurei com os olhos os outros mas estava sozinho. Era o primeiro. Parei por momentos e pousei o saco no chão. Ouvi o barulho característico da garrafa a tocar o chão através da lona. O prato, os talheres, a caixa de plástico hermeticamente fechada com o pão. A sopa na panela térmica. Acendi um cigarro e aspirei o fumo. Fechei os olhos, senti o prazer do fumo nos pulmões e expeli-o para o ar frio da noite. Uma nuvem clara de fumo desfez-se na minha frente. Tornei a arranjar a gola do casaco, aconchegando-a mais ao pescoço. Peguei no saco e retomei o caminho por entre as caixas de plástico empilhadas, as redes dobradas, as cordas de nylon e os colvos. Tudo à espera da madrugada para regressar à labuta.

 

Foi só quando já estava perto, muito perto do Lobo-do-mar que vi. A beata tombou dos meus lábios, a minha mão abriu-se sem que desse por isso e o saco caiu, incólume, nas pedras gastas do chão. Deixei de ouvir o marulhar das ondas a bater no cais. Deixei de respirar.

 

O Lobo-do-mar.

 

O meu barco, meu ganha-pão, o Lobo-do-mar. O meu ganha-pão e o de mais cinco homens do mar, o sustento de seis famílias estava a afundar-se. Apenas a cabine restava fora da água. Tudo o resto estava submerso, perdido, destruído. O sonho de uma vida estava destruído. Irremediavelmente perdido na água escura do cais, entre as algas e os restos de redes, as tainhas e o lixo que flutuava por ali. Em breve não restaria nada. Apenas a corda grossa que segurava o Lobo-do-mar ao cais ficaria visível para o lembrar. Talvez nem isso. Talvez o peso do barco a ser puxado para o fundo a rebentasse e não restasse mais nada…

 

Corri até à borda do cais e deixei-me cair de joelhos. Levei as mãos à cara e tapei-a. Em desespero fechei os olhos com força esperando, esperançado, que quando os abrisse nada daquilo fosse verdade. Alguns segundos depois quando os abri nada tinha mudado. O Lobo-do-mar continuava a afundar-se lentamente. Os caixotes de plástico onde costumávamos guardar o peixe estavam agora a flutuar por ali em redor da cabine do Lobo-do-mar. Bóias vermelhas e pedaços de esferovite também.

 

Como teria sido aquilo possível? Deixei-me ficar ali muito tempo, sentado nos meus próprios pés, braços caídos ao longo do corpo, quase inanimado, a olhar o desastre a acontecer.

Depois ouvi vozes aflitas e percebi que os outros estavam a chegar. Estavam a ver o que eu também estava a ver. Já não restava quase nada. Não havia mais nada que pudéssemos fazer para evitar a tragédia.

 

Levei vinte anos da minha vida a poupar para comprar o Lobo-do-mar. Depois mais cinco para o restaurar. Trabalho árduo de sol a sol, muitas vezes noites, domingos e feriados. E agora o que restava desse sonho era um lugar vazio ligado a uma corda grossa presa ao cais.

 

Senti que me levavam em braços. Senti que me davam algo para beber. Senti que me abanavam a cara. Ouvi vozes a falar sobre como estava sem reacção. Ouvi uma sirene e pensei no nevoeiro e no perigo de ir para o mar assim. Vi luzes azuis intermitentes.

 

Estava numa ambulância.

 

Abri os olhos e na minha frente apenas a imensidão do oceano. Eu estava novamente no Lobo-do-mar no mar alto. Eu a lançar as redes no imenso lençol azul e o sol a bater-me nos olhos, magoando-me. E eu a sorrir, feliz. As mãos magoadas das cordas e do nylon da rede, das horas na água e do sal na pele a doer. E eu a sorrir, feliz!

 

Ouvi vozes ao longe e quis abrir os olhos mas não consegui. Ao longe ouvi vozes difusas a dizer que o choque me tinha feito enlouquecer…

 

 

 

 

Texto de ficção escrito para a Fábrica de Histórias por Cláudia Moreira

sinto-me: de volta!
publicado por magnolia às 00:43
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