Dizem que já não existem fadas, nem elfos, nem magos, nem bruxas, nem heróis nem outras personagens que povoam os nossos imaginários, que nos fazem sorrir e que nos fazem sonhar. Eu digo que é mentira e vou prová-lo com esta história. Mas não esperem um herói à moda antiga, não esperem que lhes fale de um cavaleiro corajoso ou de uma figura a saltar de telhado em telhado ou a correr mais rápido que um relâmpago! Este herói é bem diferente, é de um herói de carne e osso como tu ou eu, mas nem por isso menos herói.
Foi numa tarde solarenga de domingo que o conheci. O sol a aninhar-se no horizonte, o vento a obrigar-nos a vestir os casacos e o estômago a queixar-se que estava vazio e nós ainda sem vontade nenhuma de ir embora, de sair daquele lugar paradisíaco perto da praia. Tinha sido uma tarde fabulosa. Um jogo de bola na areia, um pic-nic a serio com panados e bolinhos de bacalhau, um baralho de cartas e muita, muita risada a dourar ainda mais o dia. Éramos vinte, conta certa, e já era normal juntarmo-nos ali todos os anos no primeiro domingo de Junho. Os nossos pais faziam férias por ali e por isso já éramos amigos de longa data. Aquele primeiro domingo marcava o inicio na nossa época balnear. Os nossos pais tinham todos casa de praia ali naquela zona, uma pequena vila piscatória alentejana. Depois deste Domingo, muitos outros se seguiam, embora nem sempre estivéssemos todos ao mesmo tempo. Era o dia oficial de abertura do tempo da praia e da reinação.
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